Cabos para interfaces (chips) para HDs
De 40 vias para 80 vias e para 7 vias
IDE/PATA (Parallel ATA)
IDE/SATA (Serial ATA)
Inicialmente – quando surgiu a
interface (na verdade chip para comunicação de dados) SATA –, devido o tipo de
cabo para a interface IDE/SATA possuir somente 7 (sete) fios condutores (4 para
dados e 3 para o terra – tensão de referência zero) houve uma certa
desconfiança dos especialistas na área do hardware.
E esta desconfiança tinha muita
lógica na época, isto porque os cabos para HDs IDE/PATA que usam interfaces
(chips) IDE/PATA contavam, inicialmente, com 40 pinos/40 fios condutores – na
imagem abaixo, a esquerda, um cabo de 40 vias elétricas, e a direita, um cabo
de 80 vias elétricas.
Dessas 40 vias 16 vias são para
dados; 7 vias para os sinais de terra (tensão de referência zero), e o restante
(17 vias) das vias ficam reservados para outros sinais necessários para a
comunicação de interface para interface. Ou seja, da interface (chip)
localizada na placa-mãe para a interface (chip) localizada na placa no HD.
Veja exemplo nesta imagem abaixo,
na da esquerda duas interfaces IDE/PATA integradas na placa-mãe, e na direita a
interface IDE/PATA integrada no HD.
Posteriormente, este tipo de cabo
de 40 vias passou a contar com 80 vias condutoras, contudo, as mesmas 16 vias
continuam para dados e as mesas 17 vias continuam reservados para outros sinais
necessários para a comunicação de interface para interface. Porém, agora são 47
vias para os sinais de terra, ou seja, 40 vias a mais para a proteção dos dados
que trafegam pelo cabo.
No caso da desconfiança era
natural, já que de 40 vias para os cabos para HDs IDE/PATA passaram a ter 80
vias e sem modificar o diâmetro do cabo. E depois, surge o cabo para HDs
IDE/SATA contando com 7 vias apenas – sendo 4 vias para dados e 3 vias tensão
de referência 0 (zero).
E, além disto, os cabos SATA
passaram a operar com sinalizações elétricas no modo serial, modo este que
estava para ser extinto dos hardwares dos computadores por ser lento – quem lembra
das lentas impressoras Seriais que foram substituídas pelas impressoras
Paralelas, e estas, foram substituídas pelas impressoras USB.
Tecnologias dos cabos PATA e SATA
Neste contexto todo, vejamos qual
o tipo de cabo – IDE/PATA (Parallel Attachment Technology Advanced) ou IDE/SATA
(Serial Attachment Technology Advanced) –
é melhor para as interfaces (chips) IDE/PATA (chips na placa-mãe e no HD), ou
para as interfaces (chips) IDE/SATA (chips na placa-mãe e no HD).
Esses cabos, os de 80 e de 7 vias
– com tecnologias IDE/PATA e IDE/SATA, respectivamente – podem ser “bons” ou podem
ser “ruins”. No caso de ser “bons’, teoricamente e na prática os cabos IDE/SATA
são muito melhores que os cabos IDE/PATA, isto por operarem com altas
velocidades nas transferências de dados e por ocuparem pouco espaço dentro do
gabinete do PC.
PORÉM, caso esses cabos IDE/SATA –
veja um modelo na imagem acima – não sejam de boa qualidade e não possuam as
respectivas travas nos respectivos conectores SATA (veja exemplo nesta imagem
acima), é aí que mora o problema – aliás, vários problemas.
Muitos técnicos mechânicos e os especialistas
em fuçar nos PCs dizem que o HD está com problema sendo os problema esta no
cabo.
Quando o PC conta com um bom sistema
de aterramento elétrico os cabos IDE/PATA de 80 vias – em termos de blindagem
contra interferências externas ou geradas no próprio cabo devido a alta
velocidade nas transmissões – operam de forma muito mais eficiente que os cabos
IDE/SATA de 7 vias elétricas.
Optou-se pelas interfaces
IDE/SATA e pelos cabos IDE/SATA (modo de transferência SERIAL), isto porque a
técnica de transferência em série opera no modo de bit-a-bit – muito mais
rápido quando se aumenta a freqüência Hertz –, como mostra esta imagem acima, e
devido as interfaces IDE/PATA e os respectivos cabos IDE/PATA (modo de
transferência PARALELA), operar no modo de byte-a-byte – muito mais lento –,
como mostra esta imagem abaixo.
Transmissões no modo PARALELO não
permitem operar com altas taxas de transferências de dados, já que as
freqüências em Hertz ficaram limitadas a 33,33 MHz, portanto, atingindo o
máximo de 133 MB/s (33,33 x 4 bytes) – ao contrário do modo SERIAL, que permite
altas freqüências em Hertz e ilimitada.
Para as altas taxas de
processamento de dados feitas pelos processadores modernos e as altas
velocidades de operação das memórias atuais, as taxas de apenas 133 MB/s eram
demasiadamente baixas.
NOTA:
Os cabos IDE/PATA de 80 vias
elétricas contam com “7 vias originais” (mesma quantidade de vias nos cabos
PATA de 40 vias elétricas) e mais “40 vias compartilhadas” para o terra.
PORÉM, toda a sinalização terra
para essas 40 vias a mais são retiradas das “7 vias originais”. Como se pode
ver no caso dos cabos IDE/PATA – e mais ainda no caso dos cabos IDE/SATA,
devido as altas taxas de transferências de dados e sendo feitas em altas
velocidades –, o aterramento é OBRIGATÓRIO.
Já as interfaces IDE/SATA e os
respectivos cabos SATA permitem altas taxas de transmissão, inicialmente
operando a 150 MB/s (no SATA1), a 300 MB/s (no SATA2), e a 600 (ou mais) MB/s
(no SATA3 e versões superiores).
Transmissões
“bit-a-bit”
É oportuno lembrar aqui que,
INTERNAMENTE, ou seja, da mídia do HD (via cabeças e vias elétricas, não fios,
no braço mecânico do HD), passando pelo circuito DSP (Digital Signal Processor – Processador de sinais digitais), quando os bits de dados precisam ser
processados – veja a imagem mais abaixo.
Ou quando os dados já foram
processados pelo circuito DSP, passando pelo o Buffer (memória cache do HD) até
o circuito da interface PATA, na saída (ou entrada) de dados (veja um exemplo
na imagem abaixo, esquerda e direita), todo o processo de transferência INTERNA
de dados ocorre no modo em série, ou seja, bit-a-bit.
Nesta técnica (como mostra esta
imagem abaixo), todas as transmissões de dados dentro do HD ocorrem no modo SERIAL,
ou seja, no modo bit-à-bit (1 bit após outro bit) e não no modo “byte-à-Byte”
(8 bits após outros 8 bits).
Já fora do HD, ou seja, da
interface PATA no HD para a interface PATA na placa-mãe – e vice-versa –, todas
as transmissões de dados ocorrem no modo PARALELO – byte-a-byte (imagem abaixo,
esquerda). Porém, isto NÃO ocorre com a interface SATA no HD para a interface
SATA na placa-mãe, aqui todas as transmissões de dados ocorrem no modo SERIAL,
ou seja, no modo de bit-a-bit (imagem abaixo, a direita), no mesmo modo que
ocorre no interior do HD.
BPS (Bits per second)
Este termo se refere a técnica
(velocidade) de transferências de dados suportada pelos dispositivos envolvido
num meio físico, como modems comuns (que operam a 57600 bps), hubs, switchs,
roteadores, portas COMs. etc.
Como exemplos também, podemos
citar ainda os modems com tecnologia ADSL e HD`s com interface SATA; as portas
COMs modernas que operam a 128000 bps; placas de redes modernas que operam a
100 Mbps e a 1000 Mbps ou 1 Gbps; HD´s SATA I que operam a 1,5 Gbps; HD´s SATA
II operam a 3 Gbps; HD´s SATA III que operam a 6 Gbps.
Não esquecer que no caso de “bits
por segundo” se escreve com “b” minúsculo (bps), e no caso de “bytes por
segundo” se escreve com “B” maiúsculo (Bps). É muito comum (e também muito
errado) a mídia impressa (jornais e revistas) divulgar a velocidade de um
produto – memória, por exemplo – usando a expressão “bps”, quando na verdade
deveria ser com “Bps”.
PATA (Parallel Attachment Technology
Advanced)
Este termo se refere a técnica
(protocolo) de transferências de dados do HD (e outros dispositivos que
utilizem os mesmos cabos de 40 ou 80 vias. Veja na primeira imagem acima (direita)
um cabo de 80 vias elétricas e seus respectivos conectores, sendo que o
conector de cor azul é para conectar o cabo na interface da placa-mãe, que
opera no modo paralelo. Ou seja, em grupos de 8 bits (1 byte) por segundo.]
Atualmente o protocolo (ou bus)
PATA (Parallel ATA) está sendo substituído pelo protocolo SATA (Serial
ATA). No protocolo SATA, as transferências de dados do HD (e outros
dispositivos que utilizem o mesmo cabo de 7 vias, no caso as interfaces SATA)
para a placa-mãe no modo serial. Ou seja, as transferências ocorrem no modo de
bit-a-bit, por segundo. A grande vantagem do SATA é que as transferências podem
ser feitas utilizando-se freqüências bem mais altas, em relação ao protocolo
PATA.
Testes do flat cable 80 vias
Por pura curiosidade, resolvemos
fazer em nosso laboratório (com a nossa máquina, é claro) os seguintes testes,
com o flat cable de 80 vias, utilizando para os testes o programa Sisoft
Utilities Sandra (imagem abaixo). Os testes foram feitos seguindo as
seguintes metodologias:
Teste 1:
Flat cable de 80 vias com o
conector de cor “azul” conectado na interface da placa-mãe e o conector de cor
“preta” conectado na interface do “HD Master”. Resultado: 18.131. Já na
segunda inicialização da máquina, o resultado foi: 17.180, menos que o
“segundo teste” que á conexão normal do flat cable.
Teste 2:
Flat cable de 80 vias com o
conector de cor “azul” na interface da placa-mãe e o conector de cor “cinza” na
interface do HD. Resultado: 17.319.
Teste 3:
Flat cable de 80 vias com o conector
de cor “preta” na interface da placa-mãe e o conector de cor “cinza” na
interface do HD (lado mais curto). Resultado: 16.120.
Teste 4:
Flat cable de 80 vias com o
conector de cor “cinza” na interface da placa-mãe e o conector de cor “azul” na
interface do HD. Resultado: 18.348. Consideramos este como sendo o
melhor resultado.
Teste 5:
Flat cable de 80 vias com o
conector de cor “azul” conectado na interface da placa-mãe e o conector de cor
“cinza” conectado na interface do HD (como Master), e o conector de cor “preta”
conectado no drive de CD-ROM (como Slave). Resultado: 16.945.
Em contrapartida, o desempenho do drive de CD-ROM melhorou bastante.
Por: Jkbyte
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