No mundo dos Estabilizadores de tensão para PCs
Estabilizador de tensão – Usar ou não Usar?
Quais as melhores marcas atualmente?
Criticar é fácil - Difícil é analisar e elogiar
Comentamos sobre Nobreaks – quais
as melhores marcas –, agora abordaremos um tema mais criticado do que elogiado.
Ocorre que, para elogiar algum
produto a pessoa terá que ter uma boa base sólida – conhecimentos técnicos –
sobre o tal produto que se vai elogiar, caso contrário, a situação não ficará
nada bem para esta pessoa.
Já criticar é muito fácil, basta
simplesmente criticar. E para criticar não será preciso ter conhecimentos
técnicos sobre aquilo que se está criticando – e é exatamente isto que os
leigos no assunto sabem fazer.
Os especialistas no assunto nunca
criticam, eles sugerem soluções para que um determinado produto torne-se melhor
– ou menos pior. No que se refere a qualidade dos estabilizadores, muitos são
bons, já outros – são péssimos mesmo.
Veja nesta imagem acima modelos
de estabilizadores para usuários domésticos e pequenos escritórios (modelos da
esquerda); e para escritórios e indústrias de médio porte (modelos da direita).
Para usuários domésticos e pequenos
escritórios a faixa ideal da potência dos estabilizadores vai até 500VA (500VoltsAmperes)
até 2KVA (2000VA ou Volts/Amperes). Já para escritórios maiores e indústrias de
médio porte a faixa de potência vai de 3KVA a 10KVA.
Já para indústrias de grande
porte a faixa de potência vai de 10KVA a 1000KVA (1MVA – 1MegaVolt/Amprere ou
1000000VA) – isto de acordo com o preço do produto e a disponibilidade
financeira da empresa.
Na imagem mais abaixo vemos um
modelo de estabilizador superpotente, pois opera com várias (e altas) faixas de
potências – de 250, 300, 500, 800 e até 1000KVA (1MVA – MegaVolt/Amprere).
PC e Nobreak precisam de estabilizador sim
Todos estão enganados quando se diz
que o PC não precisa do estabilizador, ele precisa sim – assim como o Nobreak
-, mas de um bom modelo que e opere com os seguintes recursos:
1> True RMS (Root Mean Square)
Estabilizadores ótimos devem
operar com sinal microprocessado
no formato True RMS (Root Mean Square); com proteção contra
subtensão (queda), sobretensão (elevação), sobrecarga (picos de tensão),
curto-circuito na rede ou no sistema e sobre temperatura;
2> Rendimento e
autonomia
Que obtenha rendimento igual à
92%, que conte com filtro de linha contra distúrbios da rede elétrica – spikes.
Por exemplo. Os “spikes” são distúrbios que ocorrem na rede elétrica e que
atuam de forma instantânea, mas muito mais destrutiva, com altas tensões de
pico – geralmente acima de mil volts – e com tempo de duração curtíssimo, na faixa
de picosegundos e até nanosegundos.
3> Estágios de
estabilização
Que não introduza distorções harmônica na saída, que opere
com tensão nominal mínima de saída à 115V (+/- 6% – faixa entre 108,1V -
121,9V), que opere com freqüência de entrada 60Hz (+/- 5Hz), que opere com
cinco (ou mais) estágios de estabilização.
4> Certificação do
INMETRO/TÜV
Que possua selo de garantia certificado pelo INMETRO ((Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – http://www.inmetro.gov.br/
) e TÜV (Technischer Überwachungs Verin – http://www.int-app.tuv.com/downloadFile/Brazil_INMETRO.pdf
), e que seja produzido
em conformidade com a Norma Brasileira NBR 14373:2006.
5> Nobreaks
precisa de estabilizadores
Embora os nobreaks contem com circuitos de proteção contra
sujeiras na rede elétrica e circuitos para estabilizar a tensão elétrica, caso
ocorram quedas ou elevações bruscas fora dos níveis suportados pelos nobreaks.
E como os circuitos estabilizadores dos nobreaks são muito sensíveis, ou seja,
operam com faixa muito estreita de tensão, geralmente de 115 v à 150 v. numa
rede de 127 v.; ou de 220 a
250 v. numa rede de 220 v, deve-se usar um estabilizador (de 1000VA, por
exemplo) para que o nobreak não entre em modo de bateria constantemente, Com
isto – usando um bom modelo de estabilizador para alimentar o nobreak – a sua
bateria terá muito mais durabilidade (longa vida) e autonomia completa.
6> Nobreaks em
modo de bateria
Como exemplo, caso ocorram (na verdade diariamente ocorrem)
quedas de energia e por algum tempo – digamos de 10 a 40 minutos –, e essas
quedas mantenham-se abaixo do nível de estabilização do nobreak (115 v,), o nobreak
entenderá que não há energia na rede elétrica e acionará os circuitos para que
seja usada a energia da bateria. Portanto, descarregando-a.
7> Sistema com
câmeras
Já presenciei vários casos assim, inclusive num sistema de
proteção por câmeras onde o PC controlador das câmeras recebia energia de um nobreak
com autonomia de 30 minutos. Depois desse tempo esgotado o nobreak desligava –
já as lâmpadas acesas na residência “pareciam” estar com a tensão normal. Para
resolver o problema indiquei para o dono da residência um desses dois modelos
de estabilizadores (veja a primeira imagem acima, modelos da esquerda).
Porque o estabilizador faz barulho
Os estabilizadores operam no modo
de chaveamento, e quando a tensão da rede elétrica ( http://www.estabilizador.abinee.org.br/como_funciona.htm
) sofre quedas (as subtensões) ou elevações (as sobretensões) o circuito “chaveador”
do estabilizador entra em ação para fazer com que a energia fique estabilizada
nos níveis mais próximos da tensão real, de 115 v a 130 v. Devido aos
chaveamentos super-rápidos e de forma constante, surte o barulho que você ouve
saindo de dentro do estabilizador – os nobreaks também possuem este circuito
chaveador.
Muitos usuários que usam
estabilizadores dizem que seus estabilizadores são bons, pois sempre estão
fazendo barulhos quando algo anormal está ocorrendo na rede elétrica, porém,
isto é errado. Se isto está acontecendo com freqüência é porque algo está
errado com a rede elétrica, portanto, será preciso chamar um eletricista para
fazer as devidas averiguações para que o estabilizador não faça mais barulho e as
contas de energia não fiquem mais altas – consumo de energia desnecessária.
Os primeiros estabilizadores
usavam relés ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Rel%C3%A9
) para a comutação da tensão, já os estabilizadores modernos utilizam de transistores
de potência para fazer a comutação da tensão, portanto, são muito mais
confiáveis.
Porém, MUITOS estabilizadores não
são confiáveis, isto porque eles operam com menos de cinco estágios de
estabilização e com faixas de potência abaixo de 500VA – modelos com preços
inferiores a 70,00. EVITE-O!
Veja na primeira imagem acima (o primeiro
da esquerda para direita) um modelo de estabilizador (Enermax Estabilizador EXS II Power T 5 Estágios 1000VA
Bivolt Preto 21.10.018P) que opera com “cinco” estágios de
estabilização e a 1000VA (1KVA) – modelo muito bom e preço também.
Já este modelo (SMS Estabilizador Progressive III 8 estágios 1000VA
Bivolt 16216ntsa, o segundo na primeira imagem acima, da esquerda
para direita) é mais potente e mais caro também que o modelo da Enermax, pois opera
com 8 estágios de estabilização e 1000VA.
Proteção para o Estabilizador e Nobreak
Alguns detalhes devem ser
acrescentados quando se trata de usar estabilizadores e nobreaks:
1> O estabilizador tem a
função de filtrar (reduzir as sujeiras – picos, por exemplo) e estabilizar a tensão
da rede elétrica que chega diretamente até ele, e em seguida, esta tensão
filtrada e estabilizada é entregue para o nobreak – menos trabalho para o
nobreak. Modelos de estabilizadores de boas marcas e que operam com “cinco” ou
mais estágios de estabilização e com faixas de 1KVA (1000 VA), são considerados
ótimos produtos.
2> Já o nobreak (operando sem
estabilizador) tem a função de filtrar (reduzir as sujeiras – picos, por
exemplo) e estabilizar a tensão da rede elétrica que chega DIRETAMENTE até ele,
e ainda, função de manter esta tensão da rede elétrica (ou quando está
recebendo do estabilizador) na qualidade próxima da original – e sem cortes – por
um determinado tempo, 20 minutos, por exemplo. Ou seja, nobreaks com autonomia
de 20 minutos, por exemplo. Esta tensão sem cortes é necessária para que a
fonte do PC opere de forma estável o tempo todo e o usuário não perca seus
dados com as quedas de energia.
3> Agora, para proteger o estabilizador,
o nobreak e todo o hardware do PC, principalmente a fonte, placa-mãe, CPU,
memória, HD e outros das descargas atmosféricas (raios) e, PRNCIPALMENTE, das
cargas eletrostáticas que vão se acumulando ( http://www.dfq.feis.unesp.br/docentes/MarceloII/01-Eletrostatica.pdf
) no interior dos equipamentos. Neste caso OBRIGATORIAMENTE será preciso do
aterramento para o sistema elétrico que alimenta TODOS os dispositivos
conectados, tais como: filtro de linha, estabilizador, nobreak, PC, monitor, e
outros...
4> E usando um ótimo modelo de
estabilizador mais o nobreak, e estes, sendo alimentados por um sistema
elétrico corretamente instalado e aterrado, todos os dispositivos ligados ao
Nobreak estarão bem protegidos – veja um exemplo nesta imagem abaixo. O
estabilizador (Enermax) desta imagem opera com 1000VA e o Nobreak (SMS) com
1300 VA, com autonomia de 40 minutos.
Características técnicas dos ótimos estabilizadores
Na Internet e fora dela vemos
muitos usuários (e técnicos mechânicos) de PCs falando mal dos estabilizadores,
e a grande maioria deles NÂO possuem nenhum conhecimento sobre eletricidade e
muito menos sobre a eletrônica dos estabilizadores. Portanto, falam bobagens e
mais bobagens.
Esses usuários (e alguns técnicos
também) só se dão ao trabalho de repetir aquilo que ouviram ou leram algum
lugar, não sabem indicar quais são MELHORES modelos (e respectivas marcas) de
estabilizadores.
Afinal, falar mal é mais fácil do
que pesquisar e indicar. Como exemplo, vejamos as características técnicas que
os BONS e ÓTIMOS modelos de estabilizadores devem ter.
1> Os modelos de
estabilizadores BIVOLT, ou seja, podem ser ligados em tomadas de 110 v ou 220
v, sem se preocupar em mudar a chave ou de serem queimados. PORÉM, para dar
maior segurança ao estabilizador e ao PC (e equipamentos ligados ele, como
monitor, caixa de som, impressora, etc.) deve-se MUDAR o fusível para *5 A
(Amperes).
2> Outro detalhe muito IMPORTANTE:
os BONS modelos de estabilizadores DEVEM operar com 5 a 8 estágios de estabilização
(regulação da tensão). Já os ÓTIMOS modelos de estabilizadores DEVEM operar com
mais de 8 estágios. Mesmo esses BONS e ÓTMOS modelos de estabilizadores
OBRIGATORIAMENTE devem estar aterrados.
3> Ainda com relação ao
FÚSÌVEL, na lista das características técnicas ele consta como: “Tipo do
fusível: Ação retardada”. Isto quer dizer que o fusível QUEIMA quando passa por
ele uma corrente (em Ampere) maior que a capacidade suportada pelo fusível.
Como sua ação é retardada, no momento em que o fusível queimou a corrente em
excesso já passou há um bom tempo.
4> O fusível NÂO queima quando
picos (também conhecido por Spikes) de altas tensões passam por ele. Um
exemplo: O estabilizador conta com um fusível de “5 A ”, e ocorre um PICO na rede
elétrica devido a uma descarga atmosférica (raio). Neste caso, a CORRENTE
(Ampere) e a TENSÂO (Volt) resultante do pico chegam até o fusível a 7 A (2 A a mais) e a 1000 V (600 V a
mais que a capacidade suportada pelo MOV), respectivamente. Neste caso, o fusível
queima, PORÈM, o pico passou muito antes de o fusível queimar.
5> Já o componente “MOV”
(Metal Oxido Varistor), também conhecido por Varistor – ao contrário do fusível
–, possui ação super rápida. Neste caso o fusível rompe-se, porém, depois da
corrente em excesso já ter passado por ele e chegar até a fonte do PC,
queimando-a. Já o MOV entra em ação instantaneamente no mesmo instante em que
chega até ele o pico de 1000 V, aqui, ele corta o pico em excesso, ou seja, os
600 V. impedindo-o de chagar até fonte do PC e danificá-la.
6> Veja nesta imagem abaixo um
exemplo de como um pico age na corrente elétrica. E esta forma de agir, ou
seja, indo de 0 volt á 1000 volts (ou muito mais) em questão de milésimos e até
nano segundos que ele danifica os componentes de estabilizadores, nobreaks,
fontes (principalmente desta), placas-mãe, HDs, memórias e outros dispositivos.
7> Já o pico (ou picos) chegar
a atingir o processador é muito difícil, mas pode ocorrer, isto porque o pico –
antes de chegar até o processador – já danificou componentes da fonte de
alimentação e da placa-mãe, parando nesta. Isto só ocorrerá caso o sistema
elétrico que alimenta o PC não conte um bom aterramento, e o PC não conte com
um bom estabilizador e/ou nobreak. Nesses 12 anos trabalhando como técnico de
hardware somente uma única vez recebi um PC que foi atingindo por uma forte
descarga de raio, matando a fonte, placa-mãe, processador e a memória SDRAM.
OBS:
Casos os dispositivos não estejam
aterrados, sejam eles filtros de linha, estabilizadores, nobreaks e fontes de
PCs, dispositivos estes contando com MOVs e outros componentes, tais como: resistores,
capacitores, diodos, cristais, a vida útil dos MOVs – e mais desses outros componentes
será bem curta. Desta forma o MOV (ou os MOVs) estará lá de pé sobre suas duas
pernas, mas morto – como um guarda de uma chácara de pé na guarita mas sem
vida.
Principais características técnicas
Agora as principais características
técnicas que os bons e ótimos modelos de estabilizadores devem ter:
Operar com tensão nominal de
entrada: Bivolt de 115/130/220
Operar com variação mínima/máxima
de tensão entre 90 a
150v numa rede de 130 V
Operar com variação mínima/máxima
de tensão entre 170 a
270 v numa rede de 220 V
Operar com mínima/máxima tensão
permitida: 150/270 tanto na rede de 130/220v
Operar com freqüência nominal de 60
Hz
Operar com faixa de variação
mínima/máxima da freqüência entre 57 e 63 Hz
Operar com fusível de entrada
(rearmável) de 7 Amperes (7Ax90V=630W; 7Ax130V=910W; 7Ax150V=1050W) para as
tensões de entrada. Já a tensão de saída estabilizada deverá ser de 115V (805W)
Operar com fusível de ação
retardada
Operar com potência mínima de 500VA
(relação 1x1 – leia PFC abaixo)
Operar com potência mínima de
saída de 500W
Operar com tensão nominal de
saída de 115 V
Operar com regulação na saída ± (mais/menos)
de 6% (108/122V)
Mostrar a distorção harmônica no
total:
Operar com rendimento com carga
nominal de 92 % (ou mais)
Operar com tempo máximo de
resposta menos que 2 ciclos da rede elétrica
Operar com grau de proteção: IP
00
Operar com faixa de temperatura
de 0 a 40 °C
Operar com unidade relativa de 90
% (sem condensação)
Melhores estabilizadores e relação custo/benefício
Muitos estabilizadores que existem
por aí – aqueles que custam menos de R$50,00 – funcionam precariamente mesmo estando
ligados a uma tomada elétrica corretamente instalada. Ou seja, com fios de
bitola acima de 3 mm .
e devidamente aterrada.
Alguns usuários usam dois
estabilizadores em série pensando que aumenta a proteção para o PC. Na verdade,
usar dois estabilizadores em série é perda de dinheiro isto porque um
atrapalhará o outro, podendo até piorar a qualidade da energia caso os
estabilizadores sejam de má qualidade ou os que operam com no máximo “dois”
estágios de estabilização.
Melhor mesmo é usar um
estabilizador que opera com “cinco” (ou mais) estágios de estabilização e com
potência igual ou acima de 1000VA, como estes modelos da imagem abaixo (APC/Microsol;
Enermax; SMS; e TS Shara) que contam com melhor custo/benefício:
>APC/Microsol Sol 1kVA 1000w
Bivolt/115v
>Enermax Estabilizador EXS II
Power 1000VA Bivolt Preto 21.10.118P
>Enermax Estabilizador EXS II
Power 1000VA Mono Preto 21.10.110P
>SMS Estabilizador Progressive
III 1000VA - Bivolt Preto 16201
>SMS Estabilizador Vi Ure 5.0s
1 Kva E/s-115v Mono Preto 16603
>TS Shara Estabilizador EVS
Line 1500VA Mono 115V Black 267
Melhores marcas de estabilizadores
Quanto as melhores marcas de
estabilizadores podemos dizer que os mesmos fabricantes de Nobreaks indicados
neste lik ( http://dicdicasinfo.blogspot.com.br/2012/03/nobreaks-e-baterias-as-melhores-marcas.html
) é que também fabricam os melhores Estabilixadores.
Como fazer um sistema de aterramento elétrico
Fazer um sistema de aterramento elétrico
não é nenhum bicho de SETE cabeças, desde que na sua residência tenha espaço
para isto. Porém, com os problemas que você terá com seu PC e tudo o que
estiver ligado nele, seu PC poderá se tornar um bicho de SETE cabeças,
principalmente se a sua rede elétrica estiver gerando muitos picos de tensão
(veja imagem acima) com muita freqüência.
Aliás, os estabilizadores de má
qualidade operam com menos de três estágios de estabilização e com baixo fator
VA (abaixo de 500), estes também geram picos na rede ( http://tinypic.com/view.php?pic=ve11d5&s=6
). E ao invés de proteger a fonte do PC, ele pode contribuir para danificar os
componentes que formam o PC, como a fonte, placa-mãe, módulo de memória e o HD.
Veja neste link abaixo como
implantar um sistema de aterramento elétrico simples, mas, bem eficiente.
Neutro como aterramento – PERIGO!
Caso não seja possível implantar
um sistema de aterramento elétrico, pode-se ligar o fio condutor terra – isto PROVISÓRIAMENTE
– ao fio condutor “Neutro” da rede elétrica (veja um exemplo nesta imagem
abaixo, da esquerda).
Mas isto só deverá funcionar provisoriamente, pois no caso de uso
permanente poderá causar muitos problemas nos dispositivos conectados a este
sistema – em especial aos computadores.
Outra ótima solução para que
todas as sujeiras (picos, etc.) que ocorrem na rede elétrica da rua não causem
danos ao estabilizador, nobreak e, principalmente, ao microcomputador, é montar
o protetor que vemos na imagem acima (a direita).
Contudo, este protetor – como
ocorre com o estabilizador, nobreak e a fonte do PC– só será 99% eficiente
quando está instalado num sistema elétrico devidamente aterrado, seja um
sistema de 110 v ou 220 v.
PFC (Power Factor Correction)
Este termo técnico se refere ao
circuito encontrado nos modelos de fontes de alimentação ATX fabricadas à
partir de 2003 e também nos estabilizadores.
A função do recurso PFC
(Power Factor Correction ou Fator de correção de potência elétrica na entrada)
é a de fazer com que estabilizadores, nobreaks e fontes apresentem – relação
entre entrada e saída – um fator ideal de correção da potência elétrica. Neste
caso, resultando-se assim num menor consumo de energia e, consequentemente,
melhor aproveitamento do potencial elétrico desses equipamentos devido ao
efeito da corrente pulsada na fonte.
Como se sabe, a tensão elétrica
que chega até os estabilizadores, nobreaks e fontes de alimentação ATX, vindo
da rede elétrica alternada, é do tipo senoidal. Portanto, a corrente que
acompanha a tensão senoidal está sempre em fase com esta tensão resultando num
fator de potência igual a 1 – a potência ideal, ou 100% de aproveitamento.
E devido os estabilizadores,
nobreaks e fontes operarem com vários capacitores potentes na sua entrada e com
circuitos que operam no modo de chaveamento, acabam gerando a corrente na forma
de picos e, neste caso, a corrente não fica em fase com tensão.
Como exemplo, veja nesta imagem
abaixo (a segunda) o resultado dum fator de potência mais baixo (corrente e
tensão defasadas) que o ideal – 0,65 ou 65% de aproveitamento –, sendo que o
ideal seria “1x1”, ou seja, 100% de aproveitamento real (corrente em fase com a
tensão).
No caso da corrente “senoidal”, a
relação entre potência real (em Watts) obtida e a potência calculada em “VA”
(Volts x Amperes) de 10 V x 10 A, por exemplo, é igual a 100W x 1=100
Watts. Agora, no caso da corrente na forma de “picos”, a relação entre potência
real (em Watts) obtida e a potência calculada em VA (Volts x Amperes) de 10 V
x 10 A, por exemplo, é igual a 100W x 0,65=65 Watts.
Como podemos observar neste
simples exemplo, ocorre uma perda de 35 W (35%) em relação ao consumo real. Ou
seja, gera-se os 100 Watts, mas aproveita-se somente 65 Watts, e isto a nível
nacional é muito desperdício de energia elétrica.
Partindo-se dessas informações, deve-se
optar por estabilizadores, nobreaks e fontes que operem com a técnica “PFC
Ativo” e NÃO com “PFC Passivo” e, preferencialmente, que também contem com o
recurso 80 Plus – no caso das fontes de alimentação.
Portanto, deve-se tomar os
devidos cuidados com relação à definição de “VA” (Volts x Amperes – Fator de
Potência) para dispositivos de informática, tais como: estabilizadores de
tensão, nobreaks e fontes de alimentação, e pelo seguinte:
Um nobreak de 600VA que realmente
disponibilize 100% da potência indicada, ou seja, 600Watts reais deve operar
com relação VA a “1” (600 x 1=600Watts/Reais).
Caso um modelo de nobreak seja
indicado como sendo de 600VA e em sua lista de informações técnicas conste a
indicação “Fator de Potência 0,65” (como exemplo, este modelo de NoBreak
TS Shara UPS Compact 600 1BS mono 115V 375), na verdade a potência real deste
modelo é de 390 W/R (600 x 0,65=).
Por: Jkbyte
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